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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Violência blockbuster


Venho divagar sobre a temática do filme ‘Tropa de Elite’ (Sério que você não sabe? Então clique aqui) e compará-lo a outros sucessos recentes da cultura pop e, logicamente, minha opinião (Afinal, o blog É MEU e o texto É MEU – Rarááááá!!!).

Pois, bem, Há quem não tenha entendido a simples idéia de mostrar um filme urbano sobre violência pela visão de um policial (honesto, mas anti-herói – graças a Deus!). Para essas pessoas eu digo o seguinte: Cidade de Deus e 24 horas.
Porque eu citei especificamente essas obras? Em primeiro lugar, por que eu quis, e porque é uma obra nacional (se você está no Brasil) e uma da gringolândia. As produções mostram ficção num pano de fundo bem real (violência).

Eu só vejo meus compatriotas (se você é brasileiro) criticando as produções nacionais (se você é... ah, já disse isso!). Porque mostrar a ficção baseada na realidade do Rio de Janeiro é ofensivo? Quem faz esse tipo de crítica contesta a paranóia adrenalínica, e exacerbada, anti-terrorismo de 24 horas ? (faria sentido, afinal, também envolve ficção e uma instituição contra o crime).

O negócio é que a estrangeirolândia (falo mais dos EUAs) falou em lançar ‘Tropa de Elite’ em seu território como a história do policial que entra para o B.O.P.E para se tornar capitão (O Matias, oras, e isso NÃO É SPOILER!). Ignoraram o fato de que o fio condutor da trama é o Capitão Nascimento. E porque? Porque o capitas é um pouco não-ortodoxo em seus métodos e isso poderia gerar uma má publicidade, dar mau exemplo (pra quem tem miolo mole), sei lá. (Aff... Eles produzem esse tipo de filmes todos os dias no café da manhã e NINGUÉM tira as calças pelo pescoço por expor a ferida aberta da violência).

Veja quantos filmes envolvendo instituições civis e militares nacionais (do país que for) são feitos. Mas, só no Brasil parece haver esse recalque quanto a histórias cruas, embora ficcionais, que se mostrem incômodamente familiares. Talvez, o caminho para a não reclamação seja mostrar tanques de guerra, armas nucleraes e carros explodindo a cada batida. Pra mim, não passa de histeria coletiva.

FGarcia filmaria Nascimento, Zé Pequeno e Jack Bauer, num explosivo blockbuster, 'aprontando as mais loucas confusões', mas, um abandonou a guerra, outro foi dançar no colo do capiroto e o terceiro não tem UMA hora disponível. (A filmagem ficaria por conta do Papa).

Quem poderei chamar? Chuck “levo MacGyver no bolso” Norris, oras!

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