Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Livro e outras bossas


A elitização do livro como verdadeira maneira de se obter cultura é um saco. Simples assim. Você poderia até deixar de ler nesse momento porque o que eu tenho a dizer é apenas desdobramento disso. MA, CALMA, PÔ, NÃO ACABOU!!!

Ainda vou falar (escrever!!) sobre a elitização da Bossa Nova também. Mas, isso é pra daqui a pouco. Antes de mais nada, explico o porquê da minha colocação (UIA!) inicial. Desde que eu era um Garciazinho infante (mas, hein?! O.o), tenho um hábito de ler, de adquirir informações e tals que me é inerente ao ser (eitcha!). Eu, que sou aficcionado por informação, leio de um tudo – menos revistas semanais que se baseiam em dietas milagrosas e spoilers novelísticos. Mesmo lendo até panfleto de “Mãe sei lá o quê, trago a pessoa amada em 3 dias”, uma fonte de leitura que sempre exige uma iniciativa mais avançada é o livro. Não, não que eu não goste, mas gibis, revistas e internet são mais práticos, pois trazem assuntos mais variados (sou louco por informação, não perca esse foco). Li e leio livros sim, mas uma coisa me deixa cabreiro e no próximo parágrafo eu discorro a respeito (termo NERD DETECTED!).

O problema todo é que, talvez, para não direcionar o Homer... quer dizer, o povão a procurar revistas de fofocas de gente famosa – que veste calça uma perna por vez, portanto, gente normal mesmo na TV – o grande incentivo dos meios de comunicação sempre recomenda que se leia livros. Até aí, nada de mau, mas porque só se fala em livros? Acho que seria mais interessante incentivar as pessoas a lerem sobre algo que as interesse, saca? Exemplo: Pratique o hábito de ler. Gosta de carros? Vá ler sobre marcas famosas. Gosta de alvará de funcionamento? Leia algo sobre isso. Gosta de história? Leia a história do alvará de funcionamento de uma fábrica de carros... por aí vai. Mas, nããão, só se fala em “leia um livro”. Tá, mas que livro, diacho? Minuto de sabedoria? (aieuhaiuehia). Fica muito vago. Como dizer “seja bom”. Entendeu? Isso não te diz nada. Só apela pra afirmações sofismáticas (vixi, hoje eu tô NERD nível INTELECTUALÓIDE).

Minha outra bronca, outrora, anunciada (tô te falando, nerdicidade em grau alarmante), fica por conta da elitização da bossa nova. Pô, o estilo tem um nome extremamente genérico (não vou dizer aqui, vá ler a respeito – Rááá, viu como fica melhor se contextualizar?). Enfim, o estilo – tal qual o rock n´roll – era um ritmo de uma tribo, uma garotada que trazia uma musicalidade diferente, uma coisa nova (olha a pista pra quem é esperto! Vai ler, pô! Mas termina este texto primeiro, hein!). Assim como o rock, surgiu como coisa de jovem, mas, ao contrário do estilo estadunidense, a coisa aqui ficou pela juventude da elite e hoje, é coisa de velho da elite. Jovem na bossa nova? Elite também. Tá beleza, nada contra um estilo musical ser mais ouvido e tocado numa determinada classe social, mas porque enchem tanto a boca pra falar disso? Particularmente, eu gosto, mas acho um saco na maior parte do tempo. É muito homogêneo. Em letras e batidas. Mas, há quem viva disso.

Enfim, é um saco incentivar a leitura dizendo “leia um livro”. Ainda mais para um povo que é acomodado e dá jeitinho em tudo pra passar sem os rigores das regras. É como sair, deixar sua casa com TV a cabo e geladeira recheada nas mãos de um casal de pré-adolescentes e dizer: juízo, hein! Captou? Sem especificar, fica um troço “qualquer coisa” que não dura 3 segundos entre os ouvidos. E se o cara não quiser ler, pode ouvir boa música. Mas se você encher o saco dizendo que música de qualidade é Roberto Carlos e bossa nova, só vai incentivar os próprios fãs. Quem vive a vida a “beber, cair e levantar” não tá nem aí pra hora do Brasil ou pra esses ritmos “de velho”. Não precisa ir pra uma rave, também, mas existem músicas muito boas esperando pra serem apreciadas.

Nota do FGarcia®: Nenhum intelectualóide foi maltratado durante a produção deste texto.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O verdadeiro sentido do natal


Estamos no final de mais um ano e essas épocas de final/começo de ano sempre pipocam mensagens fofas por orkuts, msn’s e e-mails afora. Todos girando em torno de um significado em comum: o do natal. Acaba ficando tudo muito redundante na questão do amor e da solidariedade – no 7 de setembro também tem gente passando fome, mas deixa quieto. Reunindo informações das diversas fontes do (bleh!) senso comum, teci (UIA! Que termo fresco!) algumas considerações acerca da grande solenidade.

Primeiramente, vamos citar, obviamente, o personagem principal da bela festa do amor e da ternura: Papai Noel (Mas, heim?!). Não, meu pequeno gafanhoto, não estou enganado. Em tempos de crise, temos que dar uma ajuda ao bom e velho – não, não o Rock n’Roll – Noel, pois, se não movimentarmos a economia, Vossa Majestade Imperial, os EUAses, vão desmoronar sobre nós – o que amorteceria sua queda, mas acabaria com o natal.

Jesus Cristo (sim, há quem lembre dele nessa época) nasceu(?!) em 25 de dezembro de... hum... de 2008 (quase 2009) anos atrás. Mas, nosso calendário é contado a partir do nascimento do cordeiro de Deus (que é o próprio Deus, e a pomba também...). Sendo assim, como poderíamos levar em conta a comemoração do nascimento do grande JC no final do ano que teria começado com ele mesmo? Acho que ficou confuso. Seria como nascer num dia e comemorar 11 meses depois. Não seria mais coerente comemorar o nascimento de Jesus em 1º de janeiro? É por essas e outras que eu digo que o bom velhinho (não, não o Jô Soares) tem mais potencial comercial do que o salvador.

Acho que seria (ainda) mais comercial lançar logo uma idéia de que Noel teria nascido em 25 de dezembro de 0000, isso deixaria o caminho e a luz para Jesus comemorar seu “niver” tranquilamente em janeiro, na paz, sem dividir atenção (você sabe, Maria Madalena tentou se aproximar demais, e ficou com fama de rameira). Na verdade, os coadjuvantes são um capítulo à parte, pois, como seria um Papai Noel sem filhos? Os Umpa Lumpas que fabricam seus brinquedos poderiam ser? Nosso irmão maior é um pouco mais complexo nesse ponto, já que é pai filho e espírito santo ao mesmo tempo, nasceu de uma mulher virgem e, mesmo sendo o rei dos reis, foi criado pelo padrasto, que era pai também, como carpinteiro.

Concluindo, só sei que Papai Noel escolheu o dia do nascimento d’O CARA pra distribuir presentes às crianças que têm pais endinheirados, a despeito do grande acontecimento. Ô, velhinho batuta! Provavelmente, assim que Jesus nasceu, ele pegou seu trenó e seus veadinhos e voou seguindo a estrela de Davi até onde o menino iluminado se escondia para celebrar sua chegada. Era 25 de dezembro, apesar de não ser o inicio do ano, é o nascimento de Cristo (como conta nosso calendário Gregoriano – e Gregório deve ter deixado algum registro explicando isso, NÃO É POSSÍVEL!)

Pra finalizar, tudo isso não passou de uma brincadeira com os muitos significados da data conhecida como natal e celebrada por tudo quanto é cultura por aí. Recalcados que me desculpem, mas a motivação desse texto não foi religiosa.

FGarcia® é um brincalhão.
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